sábado, 5 de novembro de 2011

Paulynho Paixão mostra namorada e faz desabafo sobre as polêmicas




"Me acha, me acha... Se você me quer, agora, então me acha...". Com certeza você já ouviu esse hit, mesmo que 'sem querer', tocando nas rádios, festas e até como toque de telefone celular. A música é de autoria de Francisco de Paula Moura, nome verdadeiro do artista Paulynho Paixão, que de uns tempos para cá tornou-se uma incógnita: um cara 'gente boa' ou um 'mala sem alça'?

Paulynho Paixão não tem nada de 'mala sem alça'. Simpático, divertido e 'apaixonado', como costuma dizer, o cantor, auto-intitulado 'Rei do Coladinho', é sim um 'boa praça', super gente boa e que tem, como qualquer outro ser humano, seus defeitos a ponto de pôr em risco o sucesso que vem alcançando ao longo dos últimos anos. Para entendê-lo, é preciso saber um pouco de sua história. Ele recebeu a reportagem do 180graus e concedeu uma entrevista exclusiva.

Há cerca de dois anos ele estourou de verdade fazendo músicas para bandas como 'Aviões do Forró'. A música do trecho citado acima é uma delas: 'Me acha'. Mas Paulynho vislumbrou algo a mais. estava na hora de fazer sucesso com suas próprias músicas, na sua voz. Apaixonado por música desde a infância, ele decidiu fazer carreira na sua terra natal, no Piauí. Deu certo. Hoje é considerado uma das celebridades piauienses, feito conquistado diferente de outros conterrâneos, que tiveram de ir para o eixo Rio-São Paulo para brilhar nacionalmente.


COMO TUDO COMEÇOU
Menino criado na roça, mais precisamente na Fazenda São Luís, zona rural de São Miguel da Baixa Grande, interior do Piauí – a 138 km da capital Teresina, Francisco de Paula passou a infância escutando programas de música sertaneja em um radinho de pilha. Os populares Alvorada Sertaneja, na Rádio Nacional de Brasília, e Programa do Roque Moreira, na Rádio Pioneira, de Teresina, eram suas companhias mais frequentes durante o trabalho no campo e também nas horas vagas.

PAULYNHO DIZ TER MIL CANÇÕES
“Sem entender nada de música eu já gostava. Como as crianças hoje gostam da nossa música, eu gostava de Zezé di Camargo e Luciano. Ouvia muito sertanejo enquanto tirava leite de vaca. Coisa bem fazenda mesmo”, lembra Paulynho Paixão. Começou a compor ainda criança. Nunca havia estudado música, não sabia tocar qualquer instrumento, não conhecia notas musicais ou cifras. Apenas escrevia versos rimados inspirados no dia a dia. A melodia surgia “naturalmente”. “Era de ouvido, coisa de dom mesmo. Ninguém explica; a gente atribui isso a Deus”, conta o compositor de aproximadamente mil canções, segundo suas próprias contas.

LADO ROMÂNTICO E O 'PAIXÃO' NO NOME
Romântico nato, segundo ele, Paulynho afirma que 90% de suas letras falam de amor. “As meninas tinham diários. Eu fazia músicas contando histórias da vida e acho que por isso as pessoas se identificam. Cada fora e cada sim que eu levei inspirou muito essa coisa do romance, do amor nas minhas músicas”, confessa. Ainda adolescente, Paulynho mudou-se com seus pais para a capital Teresina. A família buscava melhores condições de vida e a oportunidade de os seis filhos continuarem os estudos. “Toda criança que nasce no mato tem aquela vontade de ir para a cidade”. Não demorou muito tempo e Paulynho foi para Fortaleza, no Ceará, já com o plano de viver de música em mente. Foi aí que criou o nome artístico: Paulynho Paixão. Em 1992 o destino uniu mais uma vez as trajetórias de Paulynho e seu ídolo. Em um programa de calouros da TVC, emissora de TV de Fortaleza, o piauiense apresentou-se na presença de José Graião, produtor musical que tinha em seu casting a dupla Zezé di Camargo e Luciano. “Fui para Fortaleza estudar e ajudar na casa de um pessoal que conheci em Teresina. Eles tinham contatos e eu comecei a conviver com músicos. Sempre fui muito tímido, mas eu sabia que era naquele momento ou nunca”, diz, com a propriedade de quem sofreu muito até se dar bem no meio musical.

180 graus

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